Bares de solidão, tomei doses dobradas.
Praia sem sol, fui na madrugada.
Cinema sem amor, mas ilusão nem sempre é acompanhada de dor.
Procurei nos lugares calmos,
um sentido pra vida.
Nem imaginei um dia,
ser vítima da fantasia.
Fantasia comum da sociedade,
que esconde a verdade
e cria a angústia
(que a gente nem sabe o que faz com ela).
A gente fica rondando a cidade, que à noite é amarela, atrás de uma razão, sem saber ao certo qual seria. Pula o muro rachado, anda mais rápido e, no fim, às vezes até tarde demais, aprende que nunca deveria ter saído do lugar.