Quando
fecho meus olhos,
o azul
dos mares me afoga
em um mundo sem volta.
A angústia que me dominava
foi quebrada no mar
que antes me desanimava.
E a realidade que deixei
foi banhada pelas ondas
que agora me apeguei.
De tanto tentar,
desistiu sem ver resultados.
E, de tanto falar,
calou-se ao ver muitos retalhos.
Pra curar da dor,
improvisou muitos curativos,
mas nada adiantou.
Resolveu se camuflar
na multidão que sempre se afogou.
E, no fim, percebeu
que seu lugar sempre foi ali.
Nos braços de alguém
que sempre se lembrou de ti.